segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Religião

Virando paginas de vida
Por entre temporais de terror
Presenciando um mundo de dor

Rasgam-se corpos 
Como papel fossem
Derrama-se sangue
Como de tinta precisassem

Artistas da destruição
Pela palavra religião
Com sangue pintam extremismo 
O que chamam de caminho

No passado a inquisição
Hoje chamam de libertação
Cada qual com seu crer
Apenas vidas se irão perder.

                      Luis Augusto 2014

Mãe

No primeiro momento de vida
Tiraram-me aquilo que preferia
Mas também o que apenas conhecia
O aconchego de sua barriga

Com o seu calor me cobria
Nos seus braços me perdia
Com todo o seu carinho
Protegido era como me sentia

Com uma força impossivel
Com um carinho impensável
É simplemente inimaginável

Capaz de eternamente lutar
Apenas para poder contentar
Deixando tudo o que é seu
Apenas para entregar o que prometeu

Bastando apenas um beijo
Com o mundo não se quer contentar
Pois o universo quer entreguar

Neste Amor eterno
Num sentimento nunca perdido
É simplesmente um orgulho
Poder dizer que sou teu filho.

                        Luis Augusto 2014

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O Mundo

Num mundo sempre estruturado
Alinhado e planeado
Sempre sintonizado 
e equilibrado

O passar do tempo
Deveria transformá-lo e melhorá-lo
Mas está furado e deprimido 
Desmornado e sem sentido

A coragem e luta
Vão ficando sem espaço
O sorriso a ficar esquecido 
Num orgulho de partida
O mundo à deriva

Será que faz sentido
O sofrimento e desespero
Porque não partir e ficar esquecido
Fechando assim um ciclo

Trocar a escoridão
de um mundo acabado
Por solidão 
Dum mundo relaxado

               Luis Augusto 2014

A Alma do Eu

O eu que sou
O ser quem sou
Será que saberei?
será que um dia o encontrarei?

A procura intensa
Mas será que compensa?
O que me faz ficar parado?
Será o resultado do Medo?

Quando o fim chegar
A minha alma irá partir
Para noutro corpo encarnar

                Luis Augusto 2011

A presença

Num dia negro, apenas a energia do meu amor me trás a luz.
Os meus olhos brilham sempre que penso nela.
Enchem se de lágrimas sempre que penso ser possivel perdê-la,
Escorrem me pela cara com a força de um rio em pleno inverno,
Desaguam num mar de dor que tortura o coração.
Um amor sem fim que se perde no tempo,
Mas nunca envelhecendo ao ponto de morrer,
Pelo contrário rejuvenesce sempre que os olhos
Vêem as suas formas, personalidade e mente.
Amor por quem o meu coração sofre e festeja
A sua presença.

                                      Luis Augusto 2011